O encontro



 
Não quero placidez,  a paz dos mortos.
Sei que continuarei a sofrer no embate dos amores,
que terei, sempre e sempre, por mais que não queira,  muitas dores.
Mas isso me faz vivo e como não quero fugir da luta
vou me afundar nos rios profundos,
 nas matas selvagens do grande pássaro-cantador.
Não sei se conseguirei cantar e tocar minha viola.
Sei que vou mergulhar de cabeça nesse rio de água  doce.
Posso morrer. Não faz mal, morrerei  como guerreiro,
mostrando  coragem no grande teste da vida.
 
Ela aparece seminua, surgindo das águas de rosas,
toca sua flauta encantada e logo aparecem
 rouxinóis  me indicando o caminho que devo seguir.
Surge uma estrada de ouro pintada de sol para eu caminhar.
Lá no fim do mundo é onde vou morar, rejuvenescer e amar
 
Ela já me espera no fim da estrada com seu sorriso de mel.
Surgem miríades de estrelas no céu,
aplaudindo minha decisão de me encontrar com meu bem-querer,
contemplá-la, segurá-la com mão forte, enfim amá-la!
É a minha verdade que sempre me esperou e agora me beija,
 me diz que passei no teste e que vai sempre me amar.
Borboletas Azuis, alegres, saltitantes, dançam no ar...