Uma lágrima nas mãos
 
 





Uma lágrima caberia nas mãos
A rolar como alegria de bola, num  coração de criança...
Lágrima pequena, sem o colorido das explicações
Lavando a finitude das mãos.
 
Mas é na lágrima que cabe
A imensidão da tristeza:
Sentimento não se desmancha
Com o toque dos dedos.
 
Entendo as curvas e a calosidade
De suas mãos. Entendo  o silêncio e a solidão
Que não se definem nas linhas que elas exibem.
 
A lágrima é uma raridade que foge de sua alma
E  quando seco seu rosto, invento um mundo infinito na lágrima
Para explicar a finitude de minha vida em suas mãos.

Carmem Teresa Elias
Enviado por Carmem Teresa Elias em 20/04/2012
Código do texto: T3623272
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