SÓ AMANHÃ

Silenciam os ventos
Relógios inquietos
Badalar dos sinos
na distante ermida
Uivo de cães vadios
Incessantes gritos
insanos, desesperados
humanos, aterrorizados
Nada a fazer na escuridão
Esperar o dia amanhecer
Tomar uma posição
saber...
o que ocorreu? agir...
Dormir?...
a situação não permite.
E o frio? ...enrijecer de ossos,
lá fora tudo se cala,
ninguém fala ou murmura,
até o silêncio calou-se
A noite dorme profunda
Amanhã verificaremos
os acontecimentos
Sonhos ou realidades?
Profundos momentos?
Ou visões alucinadas?
Saberemos...