Etérea viagem

Alegria extrema enternecida
Entre a cruz e a temida espada
Frente a negritude da vida
Tudo possues, amontoados de nada...

A baixa torre transpassando céus
Nuvens coloridas, ouves as liras
Vestes rasgados,  imundos véus
Tranquilo sonho na noite deliras

Viajantes estaqueados nos caminhos
Maravalhas de humanas criaturas
Sentes na negra alma de espinhos
Se extinguem pombas de loucuras

Sob  as névoas do deserto do Atacama
Largas teus desejos inconfessos, loucos...
Beijas as ondas deste mar em chamas,
Morres lentamente, te elevas aos poucos...