Profundo Obscuro

No profundo obscuro da mente humana

Onde esconde-se o limiar da imaginação

As imagens são puros distorcidos reflexos

Oriundos da cogitação intelectual

Porém não menos parva concepção racional.

Devaneios se tornam verdades surreais

Descritivas e improfícuas conclusões

Quando muito mais tão somente quimera.

Abjetos sentimentos tomam forma

E numa súbita troca de segundos

Suplantam desfraldados valores pueris.

No profundo obscuro da mente humana

Onde perde-se a acepção soberana

As idéias ressoam por entre implicações

Perenes e recorrentes vibrações

Desprovidas do imo nato e basilar

O umbrático convida a inócua realidade

A pousar nos ombros da abdução

E dormir o sono dos justos

As pradarias do conhecimento se vão

E cedem lugar a equívocos conceitos

Numa vagarosa e sublime oscilação

No profundo obscuro da mente humana

Talvez encontre-se decerto nobre ensejo

Que abone meus atos

E elucide minha existência!

Euclides Marques
Enviado por Euclides Marques em 21/10/2012
Código do texto: T3945198
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