Alvorada Soturna

A simplicidade imponente da horizontalidade

de um planeta que pintei nas linhas epidérmicas

elaboraram os derretimentos das camas sudoríparas

na pieguice encravada ao leito mortuário de

lampejos de luzes que lamentam oculto o

conformismo de uma flor gravitacional.

Uma mão densa tentou agarrar uma estrela

meiga, brilhante e potente.

O seu núcleo de amores galácticos são ativos

e afastou a invasão tempestuosa que desejava

os beijos eletromagnéticos, da qual o céu

demonstra a ilustre suavidade dos pássaros.

O objeto astrofísico chora a rutilância de uma

galáxia que nunca a pertenceu. O coração, nos

oceanos raivosos de Andrômeda, espera um

fenômeno inútil para deslizar o último suspiro

nos dentes longínquos das constelações contíguas.

As marcas odorantes navegaram a escuta

incandescentes nas noites oníricas, devido

a superfície de uma cereja que voou os sonhos

sem volta nas curvas da galáxia Redemoinho.

Rodrigo Fernandes Ferreira Brito
Enviado por Rodrigo Fernandes Ferreira Brito em 21/12/2012
Reeditado em 21/12/2012
Código do texto: T4046169
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