Silêncio Crepuscular

Solipsista no ermo espaço nave

embriagada de esquecimentos em

detrimento de um corpo celeste substituível,

cujo corpúsculo se joga letárgico

diante as memórias do almirante

enfeitadas aos olhos pesados.

O prazer era nadar nas águas límpidas

do universo próximo ao grito caótico

que ainda levará os gafanhotos estelares

ao abismo mandrião desamparado para

encontrar à margem o vazio sonoro.

Tudo é inóspito neste deserto!

As folhas que outrora cantarolavam

dançam agora a ritmos esmorecidos.

Uma lua abandonou a valsa.

O universo em luto apagou todas

as luzes das estrelas, não há

ventos, nem cores, os mares

secaram os rastros de lágrimas das

flores murchas de tanto esperar

o retorno da lua ainda mais soberba!

Oh, Pulsares afetuosos

à meia-noite contemplarei as vozes

de seu centro para descansar os timbres

sensíveis de uma lembrança lívida.

Rodrigo Fernandes Ferreira Brito
Enviado por Rodrigo Fernandes Ferreira Brito em 27/12/2012
Código do texto: T4055515
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