Os escravos da lua.
Sob o poderio pervertido da lua, é muito mais fácil morrer de olhos abertos
Me deixando preso em uma garrafa vinda do mar
Sufoco ao sonhar com a liberdade, um dia talvez?
Ilude como a árvore do conhecimento do certo e errado
A árvore sagrada, a árvore divina
Onde arranquei a fruta mais deliciosa de todo o vale - o pecado.
Sobre esses corpos que aqui me deixaram vacilante
O medo de uivar e o medo de uivar me impediu
de me libertar
Calando minha boca no necrotério do Éden
Onde vestidos andavam por si só e dançavam
com smokings vindo de Paris
Animando todos os mortos que ali estavam.
Um sorriso vindo de um morto - sorriso fétido
Sentimental como todo um resto de vida que existe por aqui,
Seria esse um programa da liberdade?
Os mortos, por si só, não falam.
O grito dos mortos são inaudíveis
Assim como as suplicas vinda dos escravos da lua
Os escravos não conseguem falar, logo morrem
de olhos abertos.