Estranha Compreensão

Acordei,

O quarto era o mesmo onde havia a passagem,

Da janela, se via o mar

Aquela multidão de espumas desesperadas.

Na prateleira,

Aquele velho altar;

O anjo, a pedra, o terço,

A prata.

Decidi sentir o vento e o universo no corpo só,

Movia o lápis,

E desenhava outro mundo,

Joguei o lixo devagar,

Para não derramar sobre aquilo tudo,

Escovei os dentes,

E percebi que limpava as sujeiras do agora,

A televisão caminhava em sincronia com meus passos,

O tempo e o espaço não existiam;

Química, física, matemática, não explicavam,

Até tentavam,

A metafisica avisava,

Estranha compreensão,

Do Deus que me habitava !

Petilo
Enviado por Petilo em 26/01/2013
Reeditado em 26/01/2013
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