Estranha Compreensão
Acordei,
O quarto era o mesmo onde havia a passagem,
Da janela, se via o mar
Aquela multidão de espumas desesperadas.
Na prateleira,
Aquele velho altar;
O anjo, a pedra, o terço,
A prata.
Decidi sentir o vento e o universo no corpo só,
Movia o lápis,
E desenhava outro mundo,
Joguei o lixo devagar,
Para não derramar sobre aquilo tudo,
Escovei os dentes,
E percebi que limpava as sujeiras do agora,
A televisão caminhava em sincronia com meus passos,
O tempo e o espaço não existiam;
Química, física, matemática, não explicavam,
Até tentavam,
A metafisica avisava,
Estranha compreensão,
Do Deus que me habitava !