Quem É Essa Mulher (Umbigo do Vento)



Quem é essa mulher
Que tem veia de uva
Rosto de maçã do amor
Mãos com gosto de romã

É feita de laranja suco e vitamina
Limão siciliano recheado com vinho
Amora que mora no coração
Acerola na gola Vê que te vejo

Primitiva vive dentro da tâmara
Cereja que beija seu próprio espelho
Sapoti com açaí e sentimento
Manga dançando no umbigo do vento

Quem é essa mulher
Que é feita de carambola
Cortada em pedaços é kiwi
Doçura é abacaxi de Irará*

Prendada e sapiente como seriguela
Pacífica, altruísta na casca amarela da goiaba branca
Morango com água sem precisar de açúcar
És formosa como a lua que enxugou a banana

Diz para mim em que manhã frutificou
Em que sol brincou de salada de fruta
Qual a mesa que saboreou a melancia
A tarde findou em você que mastiga uma ameixa

Deixa aqui a sua marca
Doce que não se acaba
Fruta que alegra os famintos
Enquanto rompe o segundo amadurecendo-a

Irará* aqui presto uma homenagem ao gênio da música Tom Zé que compos a letra Abacaxi de Irará-Ba, essa música esta no CD Pirulito da Ciência - Uns dos melhores se não o melhor CD que tive o prazer de ouvir.

Mulheres com frutas
 
Eu entendi você banana prata!
Eu entendi, três mil vezes, banana prata!...
Das mulheres que residem e residiram no planeta
E, as que gostam de caqui!
Chorava a couve, em seu frio linguajar
E, as que gostam de mamão, um momento solitário de folia e quase nada
E, as que gostam de melão
 
Das mulheres solitárias, que se vêem, para se vê!
E, as que gostam de açaí...
Muda o mundo, mas são sempre as mesmas regras básicas
E, as que gostam de abacate com abacaxi
 
Das mulheres solitárias...
Num espaço sem cansaço
Eu entendi você banana prata!
E, as que gostam de laranja com maçã
 
Em minhas mais ou menos quinze mil manhãs
Eu olhava  a sua casca vistosa, enquanto comia a fruta
E, as mulheres solitárias da cidadela!
Eu entendi você banana prata!
 
O que passa é um filme, quase eu, cana-de-açúcar...
E, as mulheres solitárias, num abrigo sem vestimentas!
O que me fez satisfeito nesta manhã de inverno!
Bananas pratas, uma memória um acordo?
Entre o sono, uma vontade e, suas cores tão vibrantes
Um amor em decadência, com um amor que ainda existe
 
Das mulheres solitárias, que vivem e viveram no planeta
Uma manhã, dentro de outra manhã, destas manhãs que só nós conhecemos o nome
Das frutas que adoçam ao natural
Do que vi num simples sono marcado, pára não dormir assim tão cedo
 
Dos meus eus...
Que navegava,
numa terra pouca amada,
eu entendi você banana prata!
 
O tempo irreversível, ao sol esmaecido
Visão confusa, lados opostos,
entre frutas, mulheres e solidão a dois,
num dia onde tudo foi noite.
 
Pela manhã ao vigiar à fome, com meus olhos,
eu entendi a sua eterna tristeza,
eu que não estava com tanta fome assim,
e as mulheres solitárias do canal?
 
Na sua eterna tristeza,
embora feliz, mas sua identidade é servir,
eu entendi você banana prata,
e as mulheres solitárias...


www.mcklein.prosaeverso.net

( ... Imagem Google ... )

 
Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 19/03/2013
Reeditado em 22/03/2013
Código do texto: T4197667
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