vertigem de nada

ordeno o inverso

de quase tudo

para fazer emergir

vertigens de nada,

aquele arrepio

à beira de cais,

desfaço ondas

ao sabor de veneno

ébrio

flores e descarrego

sal grosso

e 1`passe

para maldita

eterna-idade

saboroso

espectro

de quem vive

de facto

com a carne

exposta

e dou cara à tapa

ao poema

farsante

sado-masô

em delicioso espelho

a sombras de

seda preta

barata

molhada

ardida

.

.

.

gostosa