Quando saio de mim

“Pessoa” escreve

“Florbela” reaparece

“Neruda” enlouquece

Tudo acontece

Quando saio de mim...

Meu sol declama

A chuva reclama

O mar proclama

Quando saio de mim...

Invento um abraço

Tiro o pedaço

Caio no laço

Quando saio de mim...

Me perco inteira

Dou muita bandeira

Falo besteira

Me vejo faceira

Quando saio de mim...

Sou mais verdadeira

Quando saio de mim...

Belíssima interação poética do grande poeta e amigo F SANTOS.

Quando eu saio de mim

Perco a noção do perigo

Perco o teto,o abrigo

Me viro pelo avesso

Esqueço o brio e o apreço

Saio do próprio caminho

Quando eu saio de mim

Perco o rumo e o destino

Parto pro desatino

O que já fiz eu desfaço

Os nós eu desembaraço

Quando eu saio de mim

Me perco nos adversos

Eu só não perco na vida

As rimas para os meus versos.

Obrigada amigo, você deu o brilho que faltava ao pobres versos meus.

Ana Maria de Moraes Carvalho e F SANTOS
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 15/04/2013
Reeditado em 16/04/2013
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