O voo da imaginação

Sentado numa pedra no pico da montanha
Contemplo o voo suave de uma gaivota
Na imaginação me transporto aos seus olhos
No pensamento me transformo em seu corpo
 
Nada entre onde estou e o chão distante
Olho pra cima e vislumbro o infinito
Nada a resistir ao meu avanço
Senão o doce sopro do vento
 
Assim permaneço por longo tempo
Em dois lugares ao mesmo tempo
Dentro e fora de mim
Mas sempre dentro mim
 
Meu ser ocupando o espaço
Minha imaginação indo mais além
Posso mesmo bater as asas
E respirar ar puro no voo mais insólito
 
Não há limites
Não há fronteiras
Não há fim
Só o eterno bater das asas