Eternidade

De antes bolamos

entes em comunhão

divinal. Juntamos-nos

para uma partida.

Passei ao ser um

pedaço de realidade,

uma ponta,

uma bola

de máxima profundidade

entre parceiros

de toda uma vida.

A Salvação é coletiva -,

porquê de existir

o lugar comum

e seus iguais.

Tão bem faz o craque

seu frescor.

A bola viaja

e passa um filme

que se faz vivo.

“Esse lesa

pra valer!”

Dei um breque

na ponta, lançada

de chapa da prima.

Redunda amorosidade,

sobra a consciência

de integridade na brasa.

Amor infinito

as fumaradas intermitentes,

é um entra

e sai sem cessar.

Expansão geocêntrica

os rearranjos da roda,

“Entorpeça-se!”

“Aquelas bolas...”

Não ser pego

na grande área

rende uma bola

e tanto. Ainda

bem que avisaram

as entradas faltosas

do começo abrasador.

É um dois.

Ímpeto de posse

as tosses da queima,

o regalo pelas laterais de pedra

fazem um giro

e volta maior

no passe açucarado.

Nada na cabeça

cresce na boca

da área dois

à mão a mente.

Veem-se fumaças,

os olhos lacrimejam

e a vontade é só rir.

“Cabe na forquilha!”

Todos esperam

uma bomba

e o que vier.

São várias,

os guardiães seguram

para não terminar

empatado. Na prorrogação

um fumo inspira...

Clareia a fronte,

reanima os times

e espécies antigas

hão de nascer.

Os gols uns

atrás dos outros

estufam o temporal.

As massas enlouquecidas

fritam na chaleira

os beques acesos

as pontas de lança...

Os beques voltam.

“É jogo de mulher!”

“Amo beque!”

“Tenho paixão por ele!”

A craque é leve,

embora pedra

dura de atenção.

Ela é o máximo

quando inspirada,

sempre alegra

aos de boa índole.

Essa é o craque

de nosso time.

Dá um traque

e passa doce,

passa logo!

“Essa rash

é uma heroína!”

“Quem não usa

não ouse,

deixe viver.”

O lance

é na área -,

traque é ensejo,

o beque na ponta

estufa arquibancada.

É desempate!

Quem diria

o craque

levar o caneco

com o beque.

Pira de lance

a bola por detrás

das redes.

Acaba o jogo

mas mais uma

partida reinicia.

É jogo novo,

sempre divertido.

Nos faz iguais

o mantra imaterial

de brasa febril.

“Muito legal.”

Te quero

tão bem e feliz

na brisa, do Reino

nossa noite estalados.

PEPPER
Enviado por PEPPER em 15/05/2013
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