Amor Num Toque
 
Toque,
Toque que se repede incomoda.
Retira o silêncio que alivia,
Leva agonia a retina.
Que em abstinência,
Em outro astro,
Se nega a voltar,
Ao mundo.
 
Toque,
Que implica,
Em saber quem lhe alucina.
Com o mistério que se esconde detrás das farpas,
De uma abertura velha e usada,
De tantas entradas e saídas.
Do que era não é,
Não era e foi,
Nunca foi será quem sabe,
O talvez que tenha a vez de entrar,
Mas não entra.
 
Não toca mais,
Satisfaz.
Para um silêncio sem culpa,
Destino, dúvida,
Repousar nas abas da esperança,
De não respirar os incógnitos, incômodos, assombros,
Do não saber,
Quem quer entrar.