Delirius tremulus

Cosei na cara da morte.

Afiotos eTrêmulus delirivns;

Mas era o delírio do lírio

Não é o delírio que é Deus.

A festa não era só assim;

Ela era assim, mas assada.

Coitados dos sonhos meus...

Medonhos, desse tamanho.

Arranhei a sanha da manha,

Sarrei com o sarro no escarro.

Amainei a saga da aranha,

Dancei minha catira no barro.

Picar na bica... Quem pica?

Pirar na pira... Piranha?

Quebrei a cara tamanha.

Prometi amar Prometeu;

Promessa de amor não valia.

Um dia levaram meu vento;

Meu sopro, sagrado sustento,

Não pude estar mais atento.

Eu vi que eu não era meu,

Era tosco, era lento, era fraco;

Era fardo, tinha dono, era teu.

Carlinhos Matogrosso.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 24/11/2013
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