Delirius tremulus
Cosei na cara da morte.
Afiotos eTrêmulus delirivns;
Mas era o delírio do lírio
Não é o delírio que é Deus.
A festa não era só assim;
Ela era assim, mas assada.
Coitados dos sonhos meus...
Medonhos, desse tamanho.
Arranhei a sanha da manha,
Sarrei com o sarro no escarro.
Amainei a saga da aranha,
Dancei minha catira no barro.
Picar na bica... Quem pica?
Pirar na pira... Piranha?
Quebrei a cara tamanha.
Prometi amar Prometeu;
Promessa de amor não valia.
Um dia levaram meu vento;
Meu sopro, sagrado sustento,
Não pude estar mais atento.
Eu vi que eu não era meu,
Era tosco, era lento, era fraco;
Era fardo, tinha dono, era teu.
Carlinhos Matogrosso.