Esta inquietação que não me deixa,
varejeira que prescruta minhas entranhas
minhas feridas,meus percalços,
eu me escondo,fujo da teia,
me disfarço
mas ela volta e radiografa tudo que vejo
o que eu penso e o que faço.

Esta espiã armada,enciumada
que mora em mim
me repreende como gemea desgarrada
reclama luz, me provoca pesadelo
me deixa  inerte, nua, desmascarada...

Esta sombra que me espia e desafia
tras em si mesma minha propria alforria
se a renego ela vem e me assombra
se a acolho me preenche e me namora,
colore  meus sonhos
com alegria amor e fantasia. 
Mariangela Barreto
Enviado por Mariangela Barreto em 11/12/2013
Reeditado em 12/12/2013
Código do texto: T4607722
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