No deserto sentada na calçada
Da cidadela da lua...
Vi o eclipsar de um efêmero e intenso
Amor eclodir numa tempestade solar
Como numa fração de segundos...
Horas, dias-noites a fio ...
Numa redoma dourada e prateada
Adornada de sensibilidade e desejo
No tejo do corpo-apoemado...
Lindamente vivificado e sentido
Donde a ternura imperou...
No Júpiter de sentimentos aflorados
Pelas flores que se protegem
Do frio e da solidão...
Na semente do tempo
O amor foi plantado e regado
Com o sal das lágrimas
Dos teus-meus olhos...
Na face na tela pintada a óleo
Bordadas a fios dourados do ouro-sol
A prata da lua se fez voraz e fugaz
Nas fases obscura da lua...
Com seus sentimentos adocicados
E com sua efemeridade do existir
Faz luzir no firmamento
Onde as estrelas habitam...
E em um camarote privilegiado
Assisto o espetáculo
Que é o plinilúnio no escárnio do mês...
Com o planeta da vez
Mas ainda assim...
Vale a pena viver e sentir...
No renascer de uma gaivota
No areal do amor.

img52c63f8acda1a.jpg
Ray Nascimento
Enviado por Ray Nascimento em 03/01/2014
Reeditado em 03/01/2014
Código do texto: T4634988
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.