Desejos Ocultos

Somos escravos de nossos desejos mais ocultos,

Verdadeiros zumbis, ávidos por satisfazê-los,

A espreita da oportunidade propícia e letal,

Aonde a circunstância vem ao encontro do desejo.

E esses desejos fielmente enclausurados,

Ficam à surdina a espera, para enfim desabrocharem,

Tomando proporções, deveras avassaladoras,

Tolhendo à própria vontade de suprimi-lo.

E este turbilhão, revelador absoluto da escuridão,

Desconhece regras ou preceitos cerceadores,

Ignora por completo a lógica estabelecida,

E domina como uma moléstia o espírito da pessoa.

Não se pode controlar o dito incontrolável,

Qualquer afirmação neste vago sentido,

Soa como algo infundado e desprovido de significância,

Na realidade o que resta é a veleidade de cada um.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 01/02/2014
Código do texto: T4673809
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