PROSTÍBULA

Nobres palavras
ressoaram de teus lábios,
sobretudo quando te postavas
perante manipuláveis
espelhos;

não obstante,
vi escorrendo de teus olhos
– que te condenaram –
mentiras em brilhos
secos.

E não é por isso
que eu deveria ter te julgado
os enredos dos verbos
e as espuriedades
das atuações

– até porque bem sei
que não é possível ao sapiens
a sublimidade plena
que ele almeja –;

mas,
se te preguei à cruz,
foi somente porque atacaste
aquele que, como tu,
tem incontável e vil pequenez
no espírito.

Péricles Alves de Oliveira
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 18/04/2014
Reeditado em 18/04/2014
Código do texto: T4773581
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