# LABIRINTO #

Acordei agora em um estranho beco frio, escuro e desconhecido.

Sem qualquer noção de tempo ou espaço, encontro-me à deriva.

Norte ou sul, leste ou oeste, latitude ou longitude, nada a saber.

Decido então caminhar e vagar até encontrar o final desse breu.

Mas por onde começar? Que rumo devo seguir nessas opções?

Para frente ou para trás, nunca fizeram tanta diferença assim.

Eis que na primeira suposta esquina, reconheço outra direção,

Outro caminho, que me levou até outro ambiente bem inóspito.

O mais estranho nisso tudo é que pareço andar por curtas ruas.

Vielas com pequenas calçadas e meio fio muito bem arrematado.

A medida que adentro mais nessas ruas, percebo uma claridade.

Algo me desperta para o fato de serem longos muros de tijolos.

Uma esquina, que me leva até uma outra, e mais outra por si só.

Agora está bem mais claro e posso ver que longe existe uma luz.

Resta-me a única opção de seguir a direção desse forte brilho.

Porém, percebo que estou preso dentro de um grande labirinto.

Como se não bastasse apenas estar perdido aqui nesse lugar,

Ouço agora passos, que parecem distantes pelo som abafado.

Um calafrio me acomete aos poucos e decido apertar o ritmo.

Agora estou correndo por entre esses imensos becos murados.

Os passos também aumentaram e parecem se multiplicar agora.

Nada sei e nem posso saber ainda sobre esse ambiente maluco.

Corro mais depressa pelos curtos caminhos na direção da luz.

Então, a porta brilhante aberta encontro e corro até adentrá-la.