METANÓIA

Ervas perfumam a casa da minha mente!

Sob a luz auspiciosa da janela escancarada,

Contemplo o segundo horizonte do tempo.

Saboreio uma macarronada quântica de idéias

E estou muito feliz – extemporaneamente.

Minha vela está acesa nas duas pontas,

Para derreter a parte submersa do iceberg.

Meu satélite clandestino está conectado:

Capto em Vênus a beleza de Afrodite

E esculturas nas pirâmides de Marte.

Visitei os Jardins de Maitreya,

Para colher amor e sabedoria,

E libertei-me dos grilhões do ego.

Nú de tudo o que represento,

Descobri que existo eternamente,

Como um Deus que se finge de tolo,

No melancólico fluir da vida cotidiana.

G Matos
Enviado por G Matos em 28/08/2014
Código do texto: T4940180
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