ENIGMAS DA CHUVA

Rasgavam o amanhecer

Nuvens escuras

Anunciando um temporal

A chuva caia inclemente

Feito uma cortina de prata

Que dançava ao vento

Através do vidro da janela

Eu admirava a natureza

Com pavor e encantamento

Percebendo um ciclone em meu peito

A luz dos relâmpagos

Piscavam granizos

Dentro de meus olhos

Lembrava de mim

Que já fui temporal

Arrancando ilusões

Como se fossem árvores

Alguém atrás dos vidros

Espiava ao mesmo tempo

Encantado e assustado

Com os raios e os trovões

Que caiam do céu

E dentro de mim se instalavam

Hoje sofro a erosão de sentimentos

Mas não sou mais temporal

Sou apenas uma chuva branda

Que se apossa de ti

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11.09.14

ps. TRABALHO DA minha aluna revisado por mim.

NATIR LACERDA
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 12/09/2014
Código do texto: T4959390
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