Tuaiá

Tranar o oceano era seu objetivo

Sem querer chegar a sua margem

E seu coração séctil arremessou pedaços

Sem ninguém para remocar sua coragem

Entre tempestades e calmarias continuou

Furtou algas das sereias desatentas

Para estrigar seu corpo cansado e ardente

Dentro do pérvio mar que se fazia aliado

Como um companheiro assíduo e contente

Encontrou tritões que em vão tentavam

Conquistá-la com sua sábia polografia

Nem por isso deixou de seguir sem rumo

Sem conhecer seu destino ou o que queria

Sobreviveu fora da realidade conhecida

Num mundo inóspito, insólito e ateu

De página em página contou sua história

Um romance que ninguém ainda leu

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 10/01/2015
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