Da Lembrança à Morte

De lembranças eu respiro,

Com lembranças sigo em frente

Do real ao irreal.

Das lembranças me faço presente.

Dos males que venham o bem.

A presença que me faz ciente

Da ciência que me deixa ausente.

E que do bem provenha o mal.

Pelas lembranças passadas,

Que às memórias manifestem-se,

Num dispertar distante,

Da realidade que ainda lembro.

Que o irreal se torne vida,

Que da vida não me faças mal.

Que do passado me venha sorte

Para no futuro temer à morte.