Paraisos

Toda sinergia do universo

Espessa em energia

Expressando num verso

Que contagia

Palavras na mente, guardadas

Expulsas, trancadas, encaixotadas

Num mundarel de imagem e poeira

Onde coube tanta besteira

A verdade, há vida reprimida

Naquela palavra cumprida

O choro interrompido

A força que teve o cupido

De arcar sua flexa apontada

Numa palavra sucinta: depravada

Exagerada, rima, cansada

O peso exorbitante do poder

Fazer o mundo tremer

Que nada disso na verdade é real

Maldição o nome da moeda nacional

Imaginem-me conterrâneos autores

O que fizeram nossos professores...

Um re-recolocar de volta

Numa simples rima tão solta...

A equanimidade que aparece em pares

Desbravando os mais profundos dos males...

A vulnerabilidade do próprio ser

Alimentando suas ideias, comer

O ditado do que irá acontecer

Na realidade que merecer

Trouxe surrealismo ao sonho

Do poeta que era tristonho

E resplandeceu num mar de sorrisos

Como-se em paraisos