DEMÊNCIAS E DORMÊNCIAS
 

Por que,
desaguando-te às vezes
em plangentes chuvas de verbos
e de lágrimas,

ainda duvidaste
de meus sentimentos, se aos rastros das cortes,
de heróis, de mitos e de fantasmas
que me trouxeras,

e, se aos tangeres
dos sinos crepusculares, com seus tristes
e misteriosos sons
moucos,

eu
– por te amar também
assim tão longo, tão denso
e tão profundo –

enfrentei,
da mesma forma, meus medos, meus receios
e minhas dúvidas na silente
névoa

de quando
nos desentendíamos e ficávamos
em ausência da nuvem?
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 02/07/2015
Reeditado em 02/07/2015
Código do texto: T5297773
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