Um Par de Olhos Forasteiro

Naquela noite medíocre,

vacilante, inepto pelo vago.

adormeci ali, inconsciente,

nos braços taciturno

da odisseia, deixado à sorte

das ruas, guarnecido no auxílio

do nada. Foi quando vi-me

despertado pelo dourado

da manhã, tocado pela

brevidade de um momento,

marcado pelos traços

de um instante, num gesto último

e sutil, na linguagem performática

do silêncio... acostou a mão

no meu rosto, e em sinônimo

mútuo, incorporou-se à multidão,

e a certeza de um instante que

não passaria além

de um par de olhos forasteiro.

Poesia Tofilliana
Enviado por Poesia Tofilliana em 18/08/2015
Reeditado em 19/08/2015
Código do texto: T5351161
Classificação de conteúdo: seguro