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BORRÕES DE ROSAS 
Ysolda Cabral

 

Rosas vermelhas, brancas, azuis e amarelas,
expostas na avenida, em velhas latas de tinta,
na noite de lua, oferecidas por uma bagatela?
Olhem para elas!...  São borrões de rosas!
Nenhum real ninguém dará por elas!
 
Prepara o banho, a mesa, a cama...
Joga as flores fora! Elas estão secas, mortas.
Chega de vaidade e fantasias tortas...
Ô mulher, toma tento! Acomoda-te!  
Não vês o adiantado da hora?...
 
Olha, vou te contar um segredo:
Ninguém quer saber de teus fracassos,  
muito menos de tuas supostas conquistas.
Coloca isso na tua cabeça e vê se te aquieta!
 
Não é o medo da realidade que te devora...
É tua estupidez em insistir numa velha história,
acontecida só na tua cabeça, em crise de agora.

Ah, vê se não demora a sair dessa, menina!
Não vês que nunca foste amada e nem querida?
A hora é de sumir! Ir embora!
Adeus, ou, quem sabe, até outra hora?
Ah, vê se  não nos  amola!...


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 Apenas Ysolda
Praia de Candeias-PE
Em  28.08.2015
(Sexta-feira)