Oi como vai você?

Oi, como vai você?

Me falta caneta e papel, mas às vezes é bom escrever no ar usando canetas de suspiros e pingos acentuosos de sangue, inventando palavras novas insentidas, sem sentido, pelo menos para os que lêem.

E foi por eles que eu vivi escrevendo e me esquecendo de mim, pois meus versos são as respostas das minhas próprias perguntas.

Oi, tudo bom?

Oi, como vai dizer?

Oi, tenta de novo e diz como ostentar uma alegria que não se tem, pois os dias são vividos sorrindo e se machucando, mas as noites são vividas deitado sobre o travesseiro chorando.

Oi, tudo certo?

Oi, como vai fazer?

Toda vez que eu ando sinto dor na alma.

O médico me disse que minha alma é pouco almada, achei que ele se referia a mal de amor, Mas nao, desse mal não sofro.

Ele me receitou três assobios por dia, com doses das melodias que mais gosto, mas mandou eu tomar cuidado com os jingles políticos, isso poderia piorar.

Resolvi sentar debaixo de uma macieira, elas dão lindas e deliciosas melancias saborosas que me lembram limão doce do Japão.

Então assobiei até acordar...

Igor Improtta Figueredo