Liberum-Delirium X

Ó velho Papa-defuntos!

De tamanha eminência

Atado ao ofício das ossaturas

Ah, passado-presente-futuro

Desde abismos banais

De poucos palmos de fundura

Não há nenhuma parlenga

Nas escrituras desse reinado

Tão pouco falcatruas

Nenhuma soberba visível

Nessa vizinhança desordeira

Rindo e se rindo como

Se não fossem caveiras

E tu? condenado Coveiro!

Com seu perjúrio e deboches

Aos que viajaram primeiro

Como lamparinas, larápios

Lampião e Maria-Preá

Ora, por velhas tumbas

Inda verdugos, vigários

Martírios e Mártires

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 26/09/2015
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