Liberum-Delirium XVI

Ó gritaria gigante

No subsolo dos ecos!

Já o silêncio, nem tanto!

Pois, tártaros e tantãs

O gran formigueiro

Nas veredas do Itans*

Uns doentes

Outros duendes

Na bodega adjacente

Donde vivem

Os vivos e os não-vivos

Arrimos de pendengas

Porém, todas as caveiras

Fincadas nesse chão...

Também antebraços, crânios

Unhas, dedos e dentes

Os desvalidos da esquina

Têmporas do tempo-ranço

Ah! inda não era procela...

Mas já chovia lamparinas por causa

Do suicídio dos pobres pirilampos

ITANS, açude de minha cidade.

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 30/09/2015
Reeditado em 30/09/2015
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