Liberum-Delirium XVIII

Pegue o Mar-Vermelho

Coloque-o sobre um fogareiro

Ajunte deserto-ilha e círios

Pedra-pumes, pó, pau d’arco

Ciscos, gravetos e veleiros

Lírios, castelos de-lirium

Jogue-os todos nas profundas

Mais uma pitada de sal

Mil gotas de adoçante

Cinco riscos de raio de sol

Uma banda da lua, outra de batata

Sete-estrelas, um bicho cem cabeças

Inda vísceras, miolo dos piolhos

Do lobisomem, presas dum vampiro

Sete-dias e sete-noites em banho-maria

_ E daí?! alguma novidade?

Eh! Talvez, às escuras seja poesia

_ Mas, pra quê serviria?

Ah, não?! divertido, simples e inútil

Porém, toma-se três vezes ao dia

Acredite? vira inutilidade pública

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 01/10/2015
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