SEASONS Almas Cadentes.

Fosses tu! Só uma estrela cadente

A vagar, errante, miríades pelas eras...

Perdida no espaço inconsequente

Miragens donde se extraem quimeras

Das mãos de Afrodite gotejante

Adornada Ísis em chamas magistrais

Acendendo em Eros a seta flamejante

Ardida no vácuo do destino e os anais

A manhã despertaria em novo dia

Ao transpor os umbrais as almas

Os equinócios, em um, converteria...

As estações em serenada calma.

Fosse apenas uma estrela perdida

Sem sua estirpe, órbita e destino,

Por certo sua luz inda que derradeira

Luziria a conjunção de nossa vida

E este jazigo nos tornaria um somente

Ao fenderes tu minha taciturna atmosfera

Penetraria fundo e abissal minha terra

E o Amor acolheria ao seio esta semente.

Dos casulos alvos em ingênua formosura

Dentre açucenas, lírios, crisântemos e jasmins!

Irromperiam borboletas fúlgidas, asas de ternura...

Voejando, multicores, o recital infinito dos jardins.

Adonis Yehrow
Enviado por Adonis Yehrow em 06/10/2015
Código do texto: T5406820
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