Altitudes nulas

Os carrosséis estão aqui

O sexto sentido...

Serpentário no cais

O abismo e o ocaso

Todos cronometrados

Os náufragos

Vêm à tona

Não por acaso

Duvidai corifeu maluco

dessas grandes embarcações

daqueles que não usam

calabouços e porões

Ó êxtases e êxodos

pela chaminé do ônibus!

Vã calmaria nas viagens

O bom senso se usa

tal como uma biruta

Biruta como destino

Nenhuma glória

no degelo do iceberg

nem no pacto com a insônia

Ah, sonâmbulos às alturas

Asas brancas dum Serafim

Contudo, vago precipício

Será melhor assim...

O porto fincado na pedra

Mera semente do capim

dentre cambalachos e quedas

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 06/11/2015
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