A SOLIDÃO DO LAÇO

Lá está o laço

novamente à vista

enroscado à base

do passo rudimentar

que a vista alcança

na forca dos olhos

tão sóis

Façamos um nó

do laço de sóis

posto que são sós

neste mundo que sois

a vista rudimentar

dos olhos da forca

de base elementar

Possamos nós,

no pedaço da voz,

alimentar tantos sóis

neste mundo de bases

olhando pela fresta

que a forca abre

quando o rudimento

do laço para o nó

é apenas um só

Queiramos o passo

amarrando o aço da voz

na base da forca

que amarra a vista

nesses olhos de nós

em nós e nos sóis

de um mundo tão só

feito de laços

Lá está a vista

enroscando-se ao passo

no rudimento do sentido

que se faz tão aço

abrindo a forca desse nó

que habita a própria voz

no passo a passo dos olhos

que de sol em sol

são só sóis sós