Na Arcada da Noite

Na arcada da noite

Imagina o poeta

Noite tímida e florescente

Lírica e planetária

Noite transparente curtida em Luanda

Para os tímidos e santos transparentes na valsada

No alto da noite ditas horas mortas, hora de lendas

É do caos dessas noites que nascem as estrelas

Dessas estrelas nascem constelações

E de constelações nascem arcadas

Hipérboles e metáforas

Formam estruturas longínquas

Por onde começam as noites

Por onde somem as noites

Quando Luanda as perde de vista

Os encantos das farras terminam

E vem a ressaca apresentar-se como artista

A teatrar na Ópera da vida vivida e vencida

Enquanto lá fora os candengues esquecem-se da infância e partem para as conquistas.

Miranda JP
Enviado por Miranda JP em 30/04/2016
Reeditado em 12/10/2022
Código do texto: T5620647
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