O SER: INCAUTO DE SI
Quando nos relacionamos
com as coisas e os demais seres
em meio aos quais fomos jogados,
nesta estranheza a que chamam
existência,
costumamos iluminar e regozijar
gratuitamente, com o senciente farol do ego
e com a poderosa palavra volátil
(em salmos de sublimidades
e glórias),
tudo que se nos possa emergir
em forma artificialmente luminescente;
o que, por si, já indica fortes indícios
de que vivemos a esconder nossas
constelações de sombras.