PENSANDO BEM

Pensando bem,
eu não sei quando foi pulverizada
a puerícia havida na infância
perdida;

pensando bem,
eu não tive tempo (nem como)
reagir às novas fomes
doentias

que vieram
rasgando os céus e os sonhos
com belos flashes, seguidos de terríveis
ondas de choque;

pensando bem,
eu nem sei mais o porquê, o como,
o quando, ou o qualquer-coisa
que me valha

alguma esperança
de sair do solitário e angustiante deserto,
ou de me acordar do sono
fosco da viva morte.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 02/05/2016
Código do texto: T5623113
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