Durma! Sossegam os arvoredos lá de fora,
o amanhã não virá para que se aflija tanto,
 nem as suas dores alastrar-se-iam
além de um delírio hermético na noite
que lhe saúda anoitecida
e  nada há mais.
Abra os olhos,
deslembre-se em uma memória alheia
ou numa parca poça de luar sobre as tábuas de madeira
que não mais rangem –
está tudo morto.
Desfaça-se de qualquer estratégia
pois a Hora se desprendeu do espaço-tempo,
o mal e o bem tem  peso inútil na balança
inerte do “nada mais pode ser feito ou desfeito”.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 07/08/2016
Código do texto: T5721249
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