SOL-ICÍDIO

O Sol se suicidava

nas águas do horizonte,

seu fulgor ia morrendo:

era suicida em uma ponte.

A Lua aparecendo,

com suas filhas, chegava

pontilhando seu céu:

como bochecha com sardas.

O Sol vendo a amada,

se mergulhava mais

e mais, a lua parada:

era noiva sem véu.

A Lua desesperada,

por inteiro aclamava:

- por que daí tu não sais?

Mas do sol vinha o nada.

O Sol, de repente,

se assustou com a lua,

que vinha e contente

dizia: - vou te ajudar!

A Lua se aproximando,

ouviu o Sol a avisar,

porém ela o ignorou

e pôs-se a ajudar.

O Sol se emocionou

co’a força da Lua crua,

que bem forte o puxava

daquela feroz água.

A Lua ao Sol dizia:

- e mesmo que tu me ardas,

e com toda essa mágoa,

nosso amor ainda se fia!

Brunno Gonçalves
Enviado por Brunno Gonçalves em 28/09/2016
Código do texto: T5775259
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