lapsos delírios
de todos os voos restam nuvens
represadas no chão
refletindo céu
límpido irônico dono
da cor assomada.
de todos os navegares
são meus os lagos de silêncios aplanaidos
e a giganteza do mar
em desvairada azulância
de nada vale
dentro dos olhos cinza-mar, onde ondas píncaros chacoalham destroços de um naufrágio,
meus caules, ainda em gemas, gemem,
à derivas.
teimas em recolher,
teimo
perceber-te
descamisado, peito molhado,
vacilo de tanto olhar-te miragem...
e os pergaminhos nossos salvos encharcados
na insistência tua de sonhar
tu e eu, oceânicos,
sem margens a despertar...
nesses lapsos de delírios meus -