Aurora dos Mortos

Expressões belas nas almas

Que ressoam nas fantasiosas gargalhadas.

Graciosa flor melódica

Enamorada das multi graças

Tão pálidas que amareladas.

Somos noivos

Da regressiva loucura

Espanta o mundo corriqueiro

Mesquinho

Servil.

Das batalhas ardentes

Vem à canção cruenta

Perfurando lentamente

A caixa dos fomentos dolorosos.

Ressurge da palestra com os mortos

A beleza que encanta os vales de ossos

Daqueles que se foram

Datando suas artes

Carbonizadas a poeira do nada.

Questionáveis momentos gloriosos

Secos

Louváveis,

Memoráveis proveitos funestos.

A vida que não é Vida

Anda nesse rumo

Como fragmentos ao léu

Passagens perecíveis

Na areia do tempo.

“ Escrita no dia 26 de Maio, 2013”