Águas da vida

Venda nos olhos, tateando a escuridão

espinhos, facas, fogo, pedras, cicatrizes

A passos curtos ando nesta trilha estreita

Com esperança de ver dias mais felizes

Folhas e ramos estalando aos meus pés

Na mata densa toda trilha é parecida

Desço à esquerda; assim pede o coração

Dando uma volta volto ao ponto de partida

Respiro fundo, ouço um som de cachoeira

Nariz atento, umidade pelo ar

Água gelada, arrepio, tremedeira

Será que deixo este rio me levar?