ILUSÃO

Francisco de Paula Melo Aguiar(*)

É ilusão acreditar em feitiço.

Mandinga, cartomante ou simpatia.

Relação tóxica não traz beneficio.

Só produz discussão e agonia.

Ah! Não é sapiência, é prudência.

Que todo santo e/ou profano detém.

Não é questão de clarividência.

Se o amor próprio em si não tem.

O santo e/ou profano vive do que faz.

O certo e/ou errado é conseqüente.

É aí que à sorte e o destino se desfaz.

É a ilusão a aventura indolente.

Na vida tudo passa como o vento.

Não é sorte, nem destino é vocação.

O casar e/ou não casar, prevento.

É o sentimento indolor da missão.

A cada momento tudo se faz

E se desfaz sem aviso prévio

Do céu e do inferno, contumaz

Não é sorte, destino ou sortilégio.

O labirinto do mundo sem fim

Rua sem entrada e sem saída

Onde o sal e açúcar é trampolim

Mar de ilusão, cidade sem avenida.

A Ilusão é o parnaso loquaz

Que existe entre o dito e não dito

Confunde história com estória, jaz

Nunca acerta ou erra, haja predito.

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(*)Cadeira 7 - Academia Paraibana de Poesia.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 21/06/2019
Reeditado em 21/06/2019
Código do texto: T6678140
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