ENIGMA
Segura-me em tua mão
Prende-me por entre teus dedos
E eu me deitarei nesse branco leito
Estendido por sobre a mesa
E desvendarei todos os teus medos,
Os dissabores pelos quais passaste,
Sentimentos platônicos que um dia vislumbraste
Teus afetos bem ou mal resolvidos,
Tuas paixões não correspondidas
As emoções que por ti foram contidas
Desejos que se tornaram tão reais
Embora tudo às vezes tão antagônico...
Quereres reprimidos ou não
Tu sabes, coisas do coração!
Prometo, por fim, traçar uma linha tênue entre o teu cérebro e coração
Que chegarão até mim, pelo simples manuseio de tuas mãos.
Assinado: A CANETA.