VACÂNCIA
Meu olhar distante
se perde no azul,
das águas, do céu.
Viaja num instante,
do norte ao sul,
das mágoas ao léu.
No peito uma bomba
sem hora marcada.
Incógnita há sombra.
Razão camuflada.
Um futuro sombrio
do negro passado.
Um presente frio,
no peito cravado,
por juras em vão.
Rompe a junção.
Faz dispersar
corpo e mente.
Agora impotente,
vagueia no ar.