Meus dedos
Meus dedos são minha boca
Meus olhos estão direcionados para uma tela
Eu escrevo aquilo que penso
O tempo não parece influenciar nada
É como se ele não fosse capaz de parar os cliques
Meus dedos são a minha boca
Eles digitam e falam por mim
As palavras jogadas contra tudo e todos
As espadas que atingem o inimigo no exato local
O sangue que escorre das almas feridas
Meus dedos, meus malditos dedos
Mas não posso esquecer da minha bela cabeça
Esta talvez consiga ser pior do que meus dedos
Ambos são como duas feras que quando juntas se aquecem e descongelam
Juntos são como temores que me afligem
Eu deveria amarrá-los
Trancafiá-los até que se cansem
Mas eles nunca cansam e tudo volta a acontecer.