RETINAS
Minhas retinas fatigadas
de não verem o sol
Brotado nos horizontes
Iluminados dos teus olhos
Fecham-se
submersas em águas
Salgadas
Assim nasce a solidão
Porém, quando irrompe
a noite
Com seus cavalos escuros
A andarilhar
Nos meus campos de silêncio
Meus pensamentos se alvoraçam
Como abelhas assustadas
A partilhar minhas emoções solitárias
Com as dores e a inspiração
Assim meus versos nascem
Dilacerando
Os músculos frágeis
Dos meus sonhos
Ainda vivos