DOCE VENENO

Os venenos mais lentos e mortais,

São doces de provar, e de morrer;

E do cálice que me ofereces, estás,

Brindando-me com o fruto do querer.

Doce veneno são teus lábios vermelhos,

Da cor do mais puro sangue inebriado;

Que se refletem perfeitos nos espelhos,

Fixo na moldura de um quadro desenhado.

As curvas de teu corpo é um doce veneno,

Que me dopa e entorpece todos sentidos,

E me vejo viajando nele bem sereno;

Uma viagem rítmica, de desejos permitidos.

Teu sorriso é como um convite ao prazer,

Teus olhos me hipnotizam e entorpecem;

Fico na esperança do querer e de te ter,

Envenenado nos teus braços que aquecem.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 19/02/2008
Código do texto: T866658
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