DOCE VENENO
Os venenos mais lentos e mortais,
São doces de provar, e de morrer;
E do cálice que me ofereces, estás,
Brindando-me com o fruto do querer.
Doce veneno são teus lábios vermelhos,
Da cor do mais puro sangue inebriado;
Que se refletem perfeitos nos espelhos,
Fixo na moldura de um quadro desenhado.
As curvas de teu corpo é um doce veneno,
Que me dopa e entorpece todos sentidos,
E me vejo viajando nele bem sereno;
Uma viagem rítmica, de desejos permitidos.
Teu sorriso é como um convite ao prazer,
Teus olhos me hipnotizam e entorpecem;
Fico na esperança do querer e de te ter,
Envenenado nos teus braços que aquecem.